Denúncia ao Ministério Público: Audiência e andamento

O porquê de tanta demora para postar sobre a audiência…
Infelizmente algumas vezes precisamos agir com cautela mesmo estando totalmente certos de nossos direitos e amparados legalmente.
Orientada judicialmente, aguardei alguns prazos e resoluções dentro do MP e hoje fui liberada para divulgar.

Bem, após minha denúncia ao Ministério Público Estadual – Direitos Humanos e do Deficiente recebi a comunicação da audiência com um representante do Colégio e na data marcada compareci ao MP juntamente com minha filha.
Qual foi minha surpresa pois ali na sala de espera estavam a diretora do Colégio Rio Branco unidade Higienópolis, Thaís Sant’Ana e pasmem, 2 advogados…
Me trataram com desdém e olhar petulante…Sequer olharam para minha filha, desprezo total…Me fiz de desentendida e aguardei anunciarem nossos nomes.
Quando entramos na sala de audiência, enquanto nos acomodávamos o Promotor conheceu, conversou um pouco e brincou com minha filha e depois encaminhamos ela para outra sala para que ela não participasse da audiência.
A audiência começou da seguinte forma:
Promotor: “Se eu não entendesse tão bem de inclusão até ficaria acuado diante da senhora e dois advogados, então quero saber se vocês vieram para uma ‘boa briga’ ou uma ‘boa conversa’. ”

Que clima !!!

O tempo todo na audiência a Sra. Thaís e seus advogados tentaram passar uma imagem de “mal entendido” e que não haviam discriminado e nem negaram vaga para minha filha na escola pelo fato dela ter deficiência auditiva.
Inventaram várias desculpas que a todo momento eram rebatidas pelo Promotor que inclusive notava o nervosismo dos representantes do Colégio Rio Branco em suas falas e suas mãos trêmulas em cima da mesa.
O discurso que a forma de inclusão deles é a melhor que existe pois todo surdo “precisa de LIBRAS pois sem ela eles ficam sem identidade” e não serão ninguém no futuro e todo aquele blablabla que bem conhecemos de cultura surda…
O Promotor perguntou quantas crianças com deficiência existem matriculadas na Unidade Higienópolis e a resposta foi: “Nenhuma, pois nunca tivemos procura…”
Posso ‘traduzir’ essa frase após ter conversado com outras pessoas que não quiseram denunciar mas que passaram pelo mesmo processo que eu naquela “instituição de ensino”:
Não temos nenhum deficiente em nossa escola (embora nosso prédio é acessível – sim, o prédio e não as pessoas e nem a mentalidade delas) pois quando a família deles nos procuram nós com todo ‘jeitinho’ fazemos com que desistam da idéia de matricular em nosso colégio pois não teríamos as condições necessárias que esse deficiente necessita, o melhor para esse deficiente é que ele vá para uma instituição que tenha essa preparação e quem sabe, num outro momento poderemos lhe fazer o favor de aceitar seu filho deficiente em nosso tão pomposo colégio……………………………………….
Logicamente o Promotor não aceitou tantas desculpas esfarrapadas e a todo momento repetia que se julgasse haver dolo, que a pena era de “x” anos de reclusão e ele aplicaria. Houve um momento que se não fosse tão asqueroso por parte da Sra. Thaís eu teria uma crise de riso. O Promotor perguntou: “Como é o processo de inclusão caso chegue uma criança deficiente e a família solicite a matrícula?” A Sra. Thaís começou neste momento a se perder nas palavras e formas de responder a esta pergunta, já que não possui inclusão nesta escola, e solta uma pérola digna de publicação internacional relatando que existe no Colégio Rio Branco uma profissional contratada exclusivamente para atender aos portadores de QUALQUER DISTÚRBIO e QUALQUER TIPO DE DEFICIÊNCIA, uma ESPECIALISTA e começou a inventar um nome para este cargo…Só me lembro que o nome do “cargo” tinha cinco palavras totalmente sem pé nem cabeça, o Promotor irritou-se e pediu para que ela respondesse novamente, então a diretora disse rapidamente e muito nervosa: “Esse é o nome do cargo que nós demos à ela…” Com certeza se ele pedisse para citar o nome novamente ela não saberia…Neste momento o Promotor repetiu que poderia mandar prendê-la e que ele estava espantado pois era “muito estranho” visto que em nenhum lugar do mundo existia esse profissional a qual a Sra Thais se referia… Acredito que esta falta de postura e atitude patética foi a que mais me chocou nesta audiência…
Os advogados então, cada um falava mais besteira que o outro… Num certo momento um deles questionou que na verdade o colégio não poderia aceitar minha filha pois precisaria usar o sistema FM na sala de aula e isso era um tipo de recurso que precisaria de uma pessoa treinada para tal (ele sequer deu-se ao trabalho de pesquisar o caso e o que era um sistema FM) e que a escola não era ‘obrigada’ a ter uma pessoa assim em seu corpo de funcionários…
Foi quando eu disse: Quer ver como sua escola NÃO CUMPRE A LEI e NÃO É INCLUSIVA???
E se minha filha fosse uma surda sinalizada, usasse LIBRAS? Ela seria aceita na unidade Higienópolis???
Ele disse: não, pois temos uma “UNIDADE PRÓPRIA E ESPECIALIZADA EM EDUCAÇÃO DE SURDOS”……………………
Diante disso, pedi permissão ao Promotor para citar a Lei de Inclusão onde a escola teria que providenciar um intérprete em LIBRAS para ela em sala de aula caso ela usasse essa modalidade de comunicação e não segregá-la em um local somente para surdos usuários de LIBRAS e que, ao contrário do que ele havia citado, existem surdos que não utilizam LIBRAS e que usam a linguagem oral e que desta forma, o termo “unidade especializada em educação de surdos” está incorreto pois existem surdos usuários de LIBRAS, surdos bilingues e surdos oralizados e eles não prestam educação em todas estas modalidades de educação.
Encerrei perguntando se algum deles sabia se comunicar em LIBRAS, e se eles entendiam alguma coisa de verdade sobre surdez e suas implicações, o que os deixou constrangidos pois nenhum sabia e então propus a seguinte reflexão:

“Se nesta audiência existisse sentado de lado, sem poder fazer leitura labial, um surdo que somente usasse LIBRAS, diante da realidade que aqui nesta sala ninguém sabe se comunicar usando LIBRAS, ele estaria participando ativamente desta conversa?”

Todos permaneceram calados e acabaram por responder que esta ‘pessoa’ não teria participado e ficaria “complicado”. Então me virei ao Promotor e disse: Se nesta sala estivesse ainda minha filha, surda oralizada, colocada de costas para nós, ela teria participado ativamente da conversa, limitada ao vocabulário e discurso que não fazem parte ainda de seu cotidiano devido o teor aqui exposto. Então eu lhes pergunto: Onde está a inclusão de vocês? Pois o surdo oralizado pode ser discriminado em sua escola, mas ele convive em igualdade na sociedade que é maioria ouvinte e não sejamos hipócritas, um surdo sinalizado acaba muitas vezes dependendo de um intérprete e o surdo oralizado não depende de ninguém. Em um simples exemplo situacional dá para vocês entenderem aonde quero chegar e que a desculpa que minha filha não acompanharia a sala de vocês é ridícula e infundada.

Logicamente, deixei claro que nada tenho contra LIBRAS, cada qual tem o direito de escolher o que lhe acha mais conveniente, mas assim como hoje graças a Deus configura CRIME discriminar e rejeitar a matrícula de um surdo usuário de LIBRAS em qualquer instituição de ensino, não vou aceitar que façam isso também com o surdo oralizado.

É inadmissível esse tipo de pensamento retrógrado, ultrapassado e de pessoas com mentes fechadas, mentes segregacionistas escondidas atrás de um folder bonito.

O Promotor fez suas considerações finais onde fui orientada a procurar a Defensoria e entrar com um processo por danos, preconceito, discriminação e tantas outras coisas por tudo que ficou ali claramente caracterizado, entre elas a negativa da matrícula pelo fato da criança ser surda oralizada e também informou que o Ministério Público analisaria o Colégio e seguiria com o processo pois ele também entendeu que a denúncia procedia.

Ainda, lembrei-me agora, o Promotor disse que este sistema está ultrapassado e que a inclusão é um “caminho sem volta” e desta forma o colégio VAI TER que se adaptar e que passou da hora do colégio mudar essa “forma de inclusão” a que eles se referiam… A que eu ‘carinhosamente’ chamei de “A inclusão da exclusão”.

Concluindo, hoje recebi a notificação do GEDUC/MP onde o procedimento foi instruído e está em andamento e solicitei uma reunião com a nova Promotora que já está cuidando do processo.

O que mais posso dizer?
O País está movimentando-se a passos largos, em muitos estados mães de crianças surdas oralizadas começam a entender a força que temos e que somente usando a força da justiça e das leis em favor de nossos filhos é que mudamos normas, criamos jurisprudências e fazemos valer nossos direitos.
ONGs estão sendo criadas, grupos, encontros, listas de discussões, famílias engajadas não só pela causa de sua prole mas também em favor dos menos favorecidos e os com menos instrução e condições de conhecer melhor seus direitos, todos nós somos responsáveis pelas mudanças e pelas melhorias. Hoje são nossos filhos, amanhã teremos nossos netos e estamos também lutando por eles neste momento.
Uma sociedade justa se faz com leis sérias e que beneficiem a todos os indivíduos.
Não me importo se você quer usar LIBRAS, Implante, AASI, Leitura orofacial, ‘sinal de fumaça’, seja lá o que for, mas me importo que cada ser humano seja respeitado, cada um com suas individualidades e liberdade de escolhas e que suas escolhas possam ser atendidas.

Enquanto nossa sociedade cala-se diante de atos como esse do Colégio Rio Branco e de tantos outros, enquanto nossa sociedade torna-se conivente com esse tipo de ABUSO, milhões de dólares andam livremente pelas cuecas, bolsas, sapatos e outros lugares que prefiro não citar… Dinheiro PÚBLICO, dinheiro nosso, que serviria pra proporcionar muitos tratamentos médicos de qualidade, remuneração adequada aos médicos, pagamentos de tratamentos realizados através de convênios-SUS com valores ao menos mais aproximados dos reais, hospitais melhor equipados, educação de qualidade, professores mais qualificados e consequentemente melhor remunerados, menos impostos, mais segurança e melhor qualidade de vida…

Pense: Enquanto você for um ser que aceita todos os “nãos”, conivente e que conforma-se com atitudes injustas você não faz bem nem a si e nem aos outros. Calar-se e não lutar por seus direitos de cidadão não te faz uma pessoa melhor… É isso que você quer ensinar aos seus filhos? Que  “o mundo é injusto e que não adianta lutar por nada” ???
A educação e a conscientização de nossos direitos deveria começar em casa e se estender como disciplina nas escolas.

beijos,

Sheila

74 Comentários (+adicionar seu?)

  1. Lak
    maio 28, 2011 @ 05:22:48

    Sheila, fiquei estupefada com essa situação. É crime recusar aluno pela razão que for. Impor que o aluno estude assim ou assado vai contra as normas da Convenção, que diz que o aluno com deficiência auditiva ou visual deve estudar onde e da forma que lhe for melhor.
    Ainda por cima dizer que precisa de treinamento pro Sistema FM? Treinamento de que? De enfiar um microfone no pescoço? Aham, com todo esse treinamento de colocar melancia no pescoço pra discriminar, eles parecem muitíssimo bem treinados!
    No mais, você está de parabéns por não deixar barato!!
    Beijocas

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    • Sheila&Amanda
      maio 29, 2011 @ 01:19:09

      Lak, e como você acha que me senti? Pois quando você entra no site é tanto bláblabla e você acha que é tudo perfeito, que são sérios e tudo mais…
      Logo na primeira reunião com eles, percebi uma certa distância, muito diferente do acolhimento recebido em outros colégios que visitei. Achei que fosse coisa da minha cabeça pois como sou muito franca e logo me abro com as pessoas, normalmente as pessoas são muito receptivas e a conversa flui muito bem, mas lá foi diferente… Depois comecei a perceber que eram tentativas de me fazer desistir de lá, me enrolaram por 1 ano, fizeram eu perder meu tempo, tentaram enfiar goela abaixo libras na gente chegando a dizer que eu havia escolhido mal o oralismo e que me arrependeria depois… O posicionamento deste colégio é asqueroso, a petulância e o olhar esnobe na audiência só confirmaram tudo.
      Aceitei minha filha passar por 2 humilhações de cabeça baixa até aquele dia, mas não podia deixar que isso acontecesse pela 3a. vez e achei ser meu dever lutar para exterminar um pouco do preconceito e discriminação pois gostaria de muito que nenhuma outra família passasse por isso…
      bjocas

      Responder

  2. Renata
    maio 28, 2011 @ 11:04:29

    Sheila, realmente, o que vc falou é a mais pura verdade que muitos não conhecem ou não querem ver porque não querem sair da zona de conforto e ir à luta dos seus direitos!! Temos que respeitar as diversidades de pessoas e deficiências, o direito de escolha, já que na constituição diz que temos direito de escolha, o direito de ir e vir, certo?? Parabéns pela tua garra e vontade, te admiro!!!

    Responder

    • Sheila&Amanda
      maio 29, 2011 @ 01:24:33

      Rê, infelizmente nossa sociedade é hipócrita demais… Fala-se muito bonito sobre inclusão, mas….cadê essa inclusão verdadeira???
      Sei que me cansa muito enfrentar essas barreiras e seria muito mais “fácil” simplesmente fazer como o que a maioria faz: Deixar pra lá… mas isso é impossível pra mim… Não me calar diante das injustiças é algo muito forte em mim…
      bjos

      Responder

  3. Dani Herrera
    maio 28, 2011 @ 11:31:45

    Parabéns Sheila, temos que correr atrás dos nossos direitos e combater a discriminaçao, a maioria das escolas não tem um projeto de inclusão, falam que tem, mas se vc quiser matricular seu filho lá, eles dão um jeitinho de recusar.
    bjs

    Responder

  4. SôRamires
    maio 28, 2011 @ 13:02:56

    Parabéns pela coragem, por não se deixar intimidar.
    Coloquei o link para este blog no Blog Sulp e também no twitter. porque pode ajudar muitos pais em situação semelhante. A gente precisa mesmo aprender a defender nossos direitos.

    Responder

    • Sheila&Amanda
      maio 29, 2011 @ 22:32:07

      Oi Sô, não sei porque seu comentário tinha ficado preso no spam, agora que vi…
      Obrigada por linkar, a intenção é exatamente esta: ajudar outras famílias… Minha missão é essa…
      bjocas

      Responder

  5. Tatiane Braga
    maio 28, 2011 @ 15:04:48

    Parabéns Sheila!!! Se tivessemos mais mães como vc, que não se cala diante da discriminação, a vida de nossos filhos seriam mais fáceis, sem tantas pedras, e seus direitos seriam respeitados.

    Responder

  6. Lívia
    maio 28, 2011 @ 20:13:52

    Parabéns, Sheila! O respeito a integralidade da pessoa humana e a escolha da forma como queremos ser autores de nossa própria história de superação é o que faz com que sejam cumpridos nossos direitos de ir e vir .
    Você tem sido fantástica neste momento de luta!
    Ainda, como diz a Lak… treinamento para o sistema FM??? Meus Deus… como existe gente sem noção!!!
    Bjos e boa sorte!

    Responder

    • Sheila&Amanda
      maio 29, 2011 @ 01:30:13

      Lívia,
      é tão difícil abrir um site e ler duas páginas explicando o que é, para que serve e como se usa um FM, né?
      Pra você ver COMO eles se interessam por inclusão…
      bjos

      Responder

  7. Diana
    maio 28, 2011 @ 23:23:28

    Meu Deusssssss!!!!!!!!!!!!!!! Posso aplaudir de pé???? Vc, a Amy, o promotor show de bola!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ai q delícia ver estes engomadinhos todo poderosos, cheios de pompa, se borrando todos e ameaçados de voz de prisão!!!!!!!!!!! Delícia… Aquela bossalzinha deve ter se arrependido da hora q não cumpriu a lei… Affffffffff!!!!!!!!!!!!!!!!! Parabéns, Shê… A Pituca tem q ter mto orgulho da mãe q tem messsssmoooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Responder

    • Sheila&Amanda
      maio 29, 2011 @ 01:35:01

      Di,
      sabe o que eles pareciam? Políticos…Bem ao estilo “Lula” – não vi nada, não sei de nada, não fiz nada…
      Mas sendo ‘poderosos’ ou não, vão ter que começar a encarar a inclusão de uma forma inclusiva mesmo e não apenas ‘no papel’. E pode ter certeza que logo vão aparecer outras famílias solicitando matrícula de crianças surdas oralizadas nesta unidade, logicamente estaremos em contato e a coisa vai tomando uma dimensão muito expressiva…
      É muito “lindo” dizer que tem programa de inclusão e tudo mais, no site é tudo perfeito, consegue-se MUITAS doações, o lucro é bem grande… Você me entende…
      bjosssss

      Responder

  8. Marco Antonio de Queiroz - MAQ.
    maio 28, 2011 @ 23:57:03

    Sheila:

    Seu relato é emocionante, especialmente para uma pessoa cega como eu que luta pela inclusão das pessoas com deficiência, independente de qual deficiência tenha. Sua força é linda e sua filha está presenciando alguém de vanguarda lutar por ela. Quando ela tiver a sua idade, que deve ser bem menor que a minha, espero que possa dizer “minha mãe lutava por inclusão há muito tempo atrás, ela foi uma das que colaboraram para que hoje a vida das pessoas com deficiência nas escolas, e dos alunos sem deficiência nossos colegas, possa ser tão rica. Porque juntos somos o todo do que seja humanidade e antigamente era difícil juntarmos todos os humanos no mesmo lugar.

    O twitter me trouxe até aqui, seu relato foi linkado por Sônia, dos Surdos Usuários da Língua Portuguesa.

    Abraços emocionados do MAQ.

    Responder

    • Sheila&Amanda
      maio 29, 2011 @ 01:47:59

      Marco,
      obrigada por suas palavras, tenho certeza que a nossa luta não será em vão… Quando comecei a auxiliar as mães e crianças com deficiência eu não imaginava o quanto essa causa ficaria entranhada em mim. Desde então minha vida deu um giro de 360 graus e cada vitória que presencio me enche de mais vontade, ânimo e persistência.
      Sei que quando o sonho da nossa ONG se concretizar terei ao meu lado pessoas tão engajadas quanto eu e que aos poucos vamos sim fazendo história e construindo uma sociedade mais inclusiva e melhor para todas as pessoas deficientes pois cada vitória individual é a vitória do todo 🙂
      Obrigada por ajudar a divulgar o blog e sim, eu sei que o site é acessível, este foi o motivo por ter escolhido o wordpress…
      bjos e venha sempre nos visitar…

      Responder

  9. Marco Antonio de Queiroz - MAQ.
    maio 29, 2011 @ 00:00:42

    Esqueci de te dizer e talvez você já saiba: seu site tem acessibilidade para pessoas com a minha deficiência. Foi muito bom passar por aqui!

    Abraços amigos do MAQ.

    Responder

  10. Lak
    maio 29, 2011 @ 02:26:24

    Sheila, vc me permite copiar seu texto (citando fonte e autoria) para o DNO?

    Responder

  11. Tuca Monteiro
    maio 29, 2011 @ 09:37:27

    Parabéns Sheila! Seus depoimentos, assim como os da Lak e da Soramires pelo twitter, ampliam meu olhar sobre a inclusão das pessoas surdas oralizadas.

    Grta!

    Responder

  12. Patricia Kadel
    maio 29, 2011 @ 10:31:28

    Parabéns Sheila! Isso mesmo, vamos a luta, não passei pelo que tu passou, mais imagino tua indignação. Graças a Deus em nossa cidade a Inclusão Social sai do papel, não somos negados em lugar algum, só tenho uma insatisfação, as escolas principalmente precisam de mais monitoras, porque acho que só uma professora não consegue fazer milagre, meu filho tem cinco anos é surdo e usa aasi, vai ser Implantado, tinha uma monitora para olha-lo nas saidas da sala de aula, como ir ao banheiro e no recreio, pois em uma brincadeira com agua ele estragou um aparelho no ano passado, agora entrou na escola um menino com autismo e retiraram a monitora dele e passaram para o menino, tudo bem sei que o Autista é bem mais complicado a Inclusão, mais meu filho que considero novinho demais para saber se cuidar sozinho, já começou a ficar doente constantemente, pois corre demais, soa demais e acaba se resfriando, quando decide por si só tirar casaco ou blusão com o corpo molhado de suor, enfim já não vai na aula há 7 dias, porque ele não pode estar doente para fazer o IC, que será dia 09 de junho, se Deus permitir é claro, mais com essa minha atitude de não deixa-lo ir na aula já sei que serei visitada brevimente por uma Conselheira Tutelar, que virá com um monte de “pedras” para me atirar, e escutará o que não gostaria, vamos ter uma longa conversa sobre Inclusão e Monitoras para quem necessita, na volta da cirurgia quero uma monitora esperando por ele na escola, senão o Ministério Público terá mais uma questão, pois ele não pode cair ou bater a cabeça. Se não tiver uma Monitora quem vai orienta-lo?Acho que vou, as “ganhas”(como se diz no Sul) Vamos a Luta…Patricia

    Responder

    • Sheila&Amanda
      maio 29, 2011 @ 13:20:42

      Oi Patricia,

      Quantos anos tem seu filho?
      Sei o que é esse cuidado tooooodo com os AASI, afinal a minha foi protetizada com 3 meses e meio de idade e além dela ser “ultramegageniosa teve grande refluxo eu ainda estava com DPP e sozinha cuidando de casa, comida, minha cesarea infeccionou alguns pontos pois eu não pude fazer repouso… Então o que já era ‘difícil’ ficou muito mais…
      Não se culpe e somente tente não descarregar nas pessoas (sei que é difícil também…).
      Gostaria de conversar um pouco com você, pode me adicionar no msn?
      goldentulip@terra.com.br
      bjos e fique bem, tudo dará certo!
      Brinco com as meninas que nós vamos para o céu e de limousine…rssss

      Responder

  13. Patricia Kadel
    maio 29, 2011 @ 10:38:03

    Por favor não entendam mal!!!! Conheço meu filho, sei da inteligência dele, sei que ele é capaz, tanto é que na sala de aula ele é o único que já sabe escrever, mais é essa independência que o faz querer fazer coisas por si só, e nem sempre ele faz o certo, depois que passar os cuidados com IC, ele não precisará mais de Monitora.

    Responder

    • Sheila&Amanda
      maio 29, 2011 @ 13:22:13

      Patricia,
      esse é um blog onde as pessoas não vão julgar ninguém por tentar fazer o melhor, estamos aqui somente para ajudar uns aos outros e graças a Deus, aos poucos cumprimos nossa missão…
      Fique tranquila e me adicione no msn…
      bjos

      Responder

  14. Monica Tanaka
    maio 29, 2011 @ 18:57:41

    Parabéns por por a boca no mundo. Tive sorte em ter sido tão bem recebida e acolhida na escola onde a Ju está estudando. A escola foi maravilhosa e fez tudo para facilitar e permitir a inclusão da Ju na escola e com os amigos. A coordenador…a é que veio me falar sobre o sistema FM,ela foi em uma fono da Phonak que explicou tudo sobre o sistema e como é útil inclusive para crianças que não são surdas, apesar de eu já ter sido informada sobre ele pelas fonos antes mesmo da Ju ser implantada. A professora desse ano e a professora que dará aula para ela ano que vem já se interavam do assunto e de como deveriam fazer para ajudar a Ju desde o ano passado. É mto legal ver que todos estão interessados em desenvolver um bom trabalho, me deixa segura e a Ju sente na pele e vemos o resultado do bom trabalho de todos na escola a Ju ama a escola e os amigos e é mto feliz lá. Ninguém a descrimina. Depois as pessoas não entendem pq há bulling em algumas escolas… algumas escolas dão o ponta pé inicial para que isso acorra… até mesmo antes dos alunos. Tem horas que dá vontade de entrar na política para ver se dá para mudar alguma coisa…me falta essa sede que vc tem. Corajosa e guerreira. Tento me inspirar em você…Tanta coisa poderia ser feita e melhorada para melhorar a qualidade de vida e em especial na educação para todos os tipos de deficiência… Estou tentando me inspirar em você… Beijos e parabéns

    Responder

  15. Lak
    maio 29, 2011 @ 20:06:07

    Sheila, Sô Ramires é autora do blog ‘SULP – surdos usuários da língua portuguesa’.
    DNO é o meu blog: Desculpe não ouvi.

    Responder

  16. Mônica Mendonça
    maio 30, 2011 @ 08:00:56

    É isso ai Sheila, lutando por um bem comum, e a qualidade de vida educacional de sua Amy….
    Parabéns querida, vc fez valer os direitos de sua filha de ir e vir onde quer que seja, eles tiveram que ser envergonhados pelo menos uma vez para aprender que vidas não são como um monte de farinha que mistura tudo e amarra a boca do saco e joga num canto…..E sim que a surdez tem suas especificidades, que cada um é um, que a família escolhe o que acha melhor pra vida de seus filhos…
    Mais uma vez parabéns por ter ido em frente sem temer, pelo contrário como uma leoa, uma mãe desbravadora…

    Abraços….

    Responder

  17. Bruno Marques
    maio 30, 2011 @ 08:26:36

    Impressionante a capacidade que alguns têm de questionar nossa inteligência, a ponto de imaginar que, as pessoas nunca saberão de que forma ou o quanto somos capazes de lutar por aquilo que amamos e acreditamos.
    O fato é que, isso não pode parar por aqui, tão pouco deixar que isso fique apenas na memória, mas que o “Colégio” Rio Branco nunca esqueça que existem pessoas inteligentes e propícias a encontrar respostas no mínimo que tenham coerência, dessa forma, espero que daqui para frente essa situação seja diferente, e que outras mães, filhas, pais, filhos, não tenham o desprazer de passar por isso novamente.

    Obs: Fico feliz de saber que existem promotores assim!

    Bruno Marques.

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 01:21:08

      Bruno,
      É impossível não fazer algo a respeito, né?
      E você, me conhecendo como conhece, sabe que eu não me desencorajo frente a estas barreiras…
      Amigo, ele não é o primeiro e nem será o último a fazer (e vai continuar fazendo…), imagine quantos cassos assim você verá na ONG ?
      Vá se preparando…Reflita sobre o impacto emocional disso na vida de famílias e dessas crianças…Coisas que poucos pensam com profundidade…Sei que você é a pessoa certa para analisar 😉
      bjos

      Responder

  18. Silvia
    maio 30, 2011 @ 14:38:50

    Eu só posso te deixar os parabéns aqui, Sheila. Não adianta a gente passar por cima dessas coisas dizendo que é ‘normal’. Como tão bem disse a professora Amanda Gurgel no famoso vídeo, é mais que hora de parar de ver como uma fatalidade as falhas na educação brasileira. Sucesso aí! Abraços, Silvia (implantada)

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 01:29:53

      Silvia,
      por quanto tempo ainda lerei “parabéns” para algo que deveria ser mais que normal: ir em busca de igualdade, respeito e conscientização??
      Eu SONHO em ainda estar viva para ver esse quadro mudar…
      O que falta para nossa sociedade deixar de lado a hipocrisia e a mediocridade?
      Muitas vezes me sinto “dando murro em ponta de faca”, quantas vezes escuto uns e outros me taxarem de “encrenqueira”, “sonhadora”, “revoltada” e tantos outros “adjetivos” vindos de toda classe de pessoas, inclusive alguns “doutores da razão”….
      Sabe, na minha opinião, os que falam são uns covardes, que fogem da realidade e se escondem atrás de rótulos e pensamentos vendidos…
      Nós estamos buscando somente respeito e liberdade e sei que um dia, nós vamos conseguir…
      bjos e obrigada pela visita 😉

      Responder

  19. Lia Ganiko
    maio 31, 2011 @ 13:52:54

    Olá Sheila !! Nós temos muito a agradecer a sua garra e determinação, exemplo como você nos dão força e esperança em acreditar que algum dia teremos mais justiça, respeito e bom senso, principalmente para nós mães de DA’s.
    No nosso caso, tivemos mais sorte quando fomos escolher a escola, apesar de não ter um programa específico de inclusão, a Mariana (minha filha DA implantada) foi muito bem recebida e hoje, com 6 anos, está aprendendo a ler e escrever com as mesmas dificuldades e facilidades de uma criança ouvinte.
    Saúde e sucesso para vocês!!

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 01:39:55

      Lia,
      nós podemos fazer a diferença!
      “Seja a mudança que você quer ver no mundo”, certo?
      Eu recebo emails e mais emails particulares de mães contando seus casos de preconceito e humilhações, daí peço: coloque lá no blog, faça um coro conosco, mas… o que recebo como resposta??? Não quero “me expor” ou “melhor deixar pra lá” …
      As pessoas tem MEDO (ou preguiça) de contar, de lutar, mas então, vem me contar pra quê? desabafar? desculpe, já que preferem ficar sofrendo caladas, procurem um confessionário (ou um psicanalista) e não eu…
      Existem sim, pessoas e instituições capazes e com mentes abertas para incluir verdadeiramente, comprar a idéia, abraçar a causa… Pena, muita pena que sejam uma “mínima minoria”….
      Quem sabe meus tataranetos consigam ler esses posts e pensem: Graças a Deus isso não existe mais…………………
      bjos amiga!!! e Parabéns pra Mariana 😉

      Responder

  20. Ana Lidia
    maio 31, 2011 @ 14:33:58

    Recebi e li os acontecimentos , a dura e difícil batalha que tem os surdos. Nada fácil! Posso dizer isso, pois como surda oralizada, sei bem o que é ver e sentir o preconceito na pele numa escola inclusiva, quando você é a única surda numa sala de aula e em todo Colégio! Lamentavelmente, não sei se essa lei da inclusão veio para apoiar ou atrapalhar, pois durante 15 anos trabalhei com a inclusão de alunos surdos em uma escola regular, com intérprete e fui demitida ha um mes, pois o mantenedor não quer mais a inclusão de alunos surdos.
    Em todo casom, a luta não vai acabar aqui.. temos que ter voz firme para ajudar os que ainda virão e o que ainda estão aqui tentando seu espaço na sociedade.
    Você é mais uma vitoriosa dentro de um processo vergonhoso que atravessamos no nosso país!

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 01:47:17

      Ana,
      essa lei veio como uma desbravadora, aos poucos as coisas vão acontecer…
      Eu penso como qualquer coisa que precise virar lei e acabe com multas pois somente assim força-se a mudar o pensamento das pessoas, aos poucos…meio “fórceps” mesmo… É como a lei do cinto de segurança: Antigamente a parcela da população que usava era mínima, aos poucos através de lei e multas, a pessoa começa a usar por obrigação e vai mudando sua forma de encarar chegando à conscientização…
      Assim eu creio que acontecerá com a lei da inclusão…as mentes vão mudando, os “srs. e sras. perfeitos anencéfalos” diretores e gestores de tantas instituições vão sendo substituídos por outros até que um dia a coisa flui. Mas, sem lei, jamais se começaria uma mudança…
      Obrigada pela visita e esteja conosco nesta luta…
      bjos

      Responder

  21. Trackback: Desculpe, não ouvi!» Post » Preconceito com criança surda oralizada em escola
  22. Lak
    maio 31, 2011 @ 15:38:31

    Prontinho, Sheila. Está no meu blog! Espero que ajude de alguma forma, nem que seja apenas na divulgação, para que outras mães que passem pela mesma situação saibam como proceder.
    Beijocas

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 01:50:10

      Lak,
      SEMPRE ajuda 🙂
      Somos formiguinhas…vistas como algo fácil de ser esmagado quando caminham solitárias, mas ai daqueles que tentam mexer com todo o formigueiro (organizado lá embaixo dos pés dos gigantes) ………….
      bjos

      Responder

  23. Lis
    maio 31, 2011 @ 15:39:42

    Sheila, parabéns !!!

    Creio que a traves desta, muitos parem para refletir que “O meu direito termina onde começa o do outro”…

    Que o Colégio Rio Branco, reflita , afinal , o que eles vem mesmo preparando para a sociedade???? Cidadãos de direitos iguais, né?!!! * acho que sim.

    Responder

  24. claudia bocchile
    maio 31, 2011 @ 16:13:35

    Bom, eu tive q procurar no google o q é Sistema FM, pq eu n sei, nao…
    Mas q bom q aconteceu isso com um Colégio de renome.
    Minha mãe dá aula na periferia do Taboão da Serra e as vezes aparecem umas crianças com algumas coisas q n se sabe o q é… e ela tem q se virar no meio de outras 35 a 40 ‘bênçãos’. Ela ainda estudou psicopedagogia, mas mesmo assim não sabe lidar tão bem com as crianças. Teve criança parcialmente cega que recebia atividade especial. E com uma instituição que dava apoio a criança, mas que ela teve pouco relacionamento pelo curto período. Ainda bem que fora do horário essa criança tinha uma instituição que cuidava da sua adaptação. Mas deficiente físico já é tratado normalmente na aula…
    Fico contente com sua luta…

    Responder

  25. Roberta Massa
    maio 31, 2011 @ 23:50:11

    Nossa Sheila, não imaginava que este Colégio teria uma conduta dessas.
    Parabéns pela iniciativa, devemos sempre fazer a diferença e nunca baixarmos a cabeça para esse tipo de atitude, defendendo não o que é melhor más sim o que é digno e justo para as pessoas…

    Responder

  26. Andrea
    jun 01, 2011 @ 12:52:24

    Pois é, eu também sou assim, não engulo fácil não. Pouco importa se é o Rio Branco ou qualquer colégio, o que importa é fazer valer o seu direito.
    Infelizmente a maioria das pessoas “deixa pra lá” e por isso nunca dá em nada. Você faz a diferença, sem dúvida.
    Parabéns.

    beijos

    Dea

    Responder

  27. Carlos
    jun 01, 2011 @ 18:54:53

    Passou da hora de alguém denunciar essas instituiçoes de ensino que só querem ganhar dinheiro, e nao estão preocupadas com a educação, afinal de contas, não importa se a pessoa tem alguma dificuldade (seja visual, auditiva, ou até mesmo financeira), o que importa como instituição de ENSINO, é justamente o ENSINO… ou eu estou errado??? Uma pessoa que usa aparelho para audição, é o mesmo de uma outra que usa óculos… ambos são para apurar ou melhorar um sentido… porque a discriminação para quem usa aparelho auditivo, ou até mesmo uma cadeira de rodas? Seria porque não estamos acostumados a vê-los? Muita coisa tem que mudar, não só na mentalidade das pessoas, mas principalmente das instituições. Espero que este colégio pague bem caro, e que sirva de exemplo para que outros não façam o mesmo. Força…

    Responder

  28. Luciane
    jun 02, 2011 @ 06:10:13

    Olá Sheila,
    Gostaria de conversar com você. Sou mãe do Lucas de 6 anos, surdo oralizado. Foi protetizado com 1 ano e meio. Há tempos venho buscando alguém com quem compartilhar minhas dúvidas (que são muitas), mas nunca havia encontrado alguém com as mesmas características de surdez do Lucas. Aguardo e-mail. Obrigada.
    Luciane

    Responder

  29. Débora
    jun 02, 2011 @ 06:13:32

    Olá, Sheila! Primeiramente, PARABÉNS pela iniciativa! Tenho certeza de que muitos pais e mães ficarão mais motivados em lutar pelos direitos de seus filhos! E é dessa forma que derrubam-se as barreiras provocadas pelo preconceito!!!

    Aproveito a oportunidade para contar-lhe que sou responsável pelo blog denominado “Sopa de Números na Educação Inclusiva” – que aborda temas como a Educação Inclusiva, Tecnologias Assistivas, Acessibilidade e Inclusão. Dê uma olhada: http://www.sopadenumerosecalculos.blogspot.com

    Um abraço!

    Responder

  30. Leida
    jun 02, 2011 @ 12:26:51

    Olá Sheila e parabéns por sua iniciativa !!

    Sou mãe do Matheus (11 anos – ouvinte) e do Arhur (8 anos – surdez bilateral severa – usuário de AASI e FM).
    Infelizmente, essa postura preconceituosa de um Colégio tão tradicional em SP como o Rio Branco, que ironicamente, é ligado a outra instituição de renome, que é a Fundação de Rotarianos, não é novidade para quem mora em bairros próximos a ele, como Higienópolis, Perdizes, Pompéia e Santa Cecília.
    Eles são famosos inclusive entre profissionais ligados à educação, por adotarem uma postura que exclui não somente deficientes, mas qualquer criança, que apresente problemas ou ritmos de aprendizagens diferentes da maioria, tais como: dislexia, DPAC, TDAH, etc.., desamparando os pais dessas crianças e praticamente forçando-os a mudar de escola.
    Sinto que isso é uma pena também para os demais alunos desse colégio, pois quando as crianças convivem desde cedo com as diferenças, preparam-se para serem no futuro, bons cidadãos, com facilidade para trabalhar em grupo e respeito ao próximo. Mas, nem todos os pais pensam dessa maneira…
    E o pior, é que já ouvi relato de uma mãe, cujo filho estudava na Unidade Granja Viana, específica para crianças surdas, que sofreu bulling após fazer a cirurgia de implante coclear. Ela chegou a ser questionada pela Diretora daquela unidade, sobre o porquê deixar que seu filho virasse um robô e abandonasse a comunidade surda?
    É de chorar, não é ?
    Felizmente, meus filhos estudam em um colégio que tem se mostrado até agora, inclusivo. Mas que de qualquer forma, tenho sempre que acompanhar de perto, para garantir que tudo não fique apenas no discurso e que haja ações pedagógicas concretas que atendam as necessidades deles.

    Abraços,

    Leida

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 02:16:47

      Oi Leida, tudo bem?
      Sim, eu tenho descoberto coisas HORRÍVEIS do Rio Branco… Sinceramente me pergunto: que nível de HUMANOS saem dali?
      Somente se a pessoa estiver muuuuuitoooo interessada em ter apenas esse nome no currículo, entrar cega e sair muda para a futilidade ali existente e a falta de realidade social escondida atrás de um nome e de sites com muito blablabla…
      Adultos que estudaram lá e alguns pais de alunos que ficam sabendo por um e outro sobre o ocorrido tem me procurado, o boca a boca vai rolando e na semana passada um casal me abordou dentro do colégio que Amy está (ali bem na frente…rsss) e cada um vai contando “n” fatos que presenciaram ou o vizinho sofreu ali…
      O “bom” que percebi é que uma boa maioria é antiga no bairro e sabem de muuuuuitooossss casos e que isso é “histórico” já sobre este “colégio”…
      A gente vai escutando um e outro e agradeço a Deus por ter livrado minha filha de um local tão porcaria como aquele…
      Não é esse tipo de ‘gente’ (pra mim, nem gente é isso…) que quero que minha filha se torne… Eu a crio ensinando responsabilidade social, voluntariado, igualdade e não intolerância com as diferenças…
      Mas, é como o promotor disse à eles: “…vocês querendo ou não, a inclusão é um caminho sem volta…”
      bjos

      Responder

  31. Adriana S. Souza
    jun 02, 2011 @ 23:16:00

    Olá Sheila! Primeiro vou dar-te parabéns pela iniciativa, força de vontade e gana por brigares pelo direito de sua guria e de todos os surdos e seus familiares.
    Tenho acompanhado tua luta contra a ANS e agora tua corajosa decisão de não calar-te diante dessa atitude covarde, vexatória, discriminatória, de pessoas “podres” por dentro. Estas pessoas do colégio Rio Branco merecem sim serem presas e terem em tuas vidas deficiências múltiplas, desta forma aprendem que somente Deus sabe o dia de amanhã e que devemos tratar a todos com igualdade, aprendem na própria carne que não se deve discriminar ninguém.
    Sabes que aqui no sul conheci uma senhora que o filho estudou neste Rio Branco, teve uma doença de pele e eles foram convidados a se retirar da escola com a explicação que era feio e chocava os pais de alunos da elite que estudavam lá?
    Eles também nada fizeram contra a escola como você disse, abaixaram a cabeça e se retiraram. Brasileiro é sim comodista, não sai do lugar, merece as leis que tem, e a prostituição governamental que tem.
    Você é uma vencedora, abençoada e sua filha sempre terá muito orgulho da mãe que tem. Feliz aqueles que tem você como amiga e companheira!
    Muita força! abç
    Adriana

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 02:21:08

      Pois é Adriana…
      MAIS UM relato sobre esse “local”…
      Mas ainda não consigo entender como pais podem fechar seus olhos diante dessas coisas…
      Será que esses pais também ficariam calados se seus filhos sofressem outros tipos de abusos???
      Mãe que é mãe, não se cala diante de uma ofensa tão grave a seus filhos…
      bjos

      Responder

  32. Lena Lemos
    jun 03, 2011 @ 08:32:30

    She, vc sabe que a guerra e o caminho é longo, mas temos que fazer por valer os direitos deles, já que muitas mães abandonam o caminho da Inclusão!! Eu travei uma luta qdo resolvi ir para a Rede Pública com o Rodrigo, e lembro que muitos vieram me desencorajar, mas não sou eterna e penso que tenho que sim fazer valer os direitos deles, sim!!!
    Infelizmente acabamos sendo sempre “vistas” como as “mães problemáticas”(risos) mas confesso que já passei da idade de se preocupar com o que pensam de mim , e sim do que eu sou!!!
    Vc é mais uma integrante que Luta pela Inclusão, Parabéns, bjs

    Lena

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 02:25:49

      Minha amiga Lena…
      pois é… eu sou a: “revoltada porque tenho uma filha surda”… rssss
      essas pessoas tem uma mente tão pequena e vazia que só posso ter DÓ !
      Estamos na luta: Inclusão, respeito, equipamentos avançados, e qualquer coisa que possamos fazer para que eles tenham direito ao que deveria ser normal a qualquer um…
      E há ainda os que defendem as podres justificativas do governo e dessas instituições desprovidas de pessoas realmente sábias…
      bjos

      Responder

  33. Bruna Motta
    jun 03, 2011 @ 10:31:40

    Sheila, vc está de parabéns pela iniciativa!! Eu e Iuller (marido) tb vamos dar entrada numa reclamação, digamos assim. Mas por enquanto é só isso que posso dizer, pra não atrapalhar o andamento das coisas!! Estamos muito incomodados com algumas coisas erradas que vem acontecendo, semana passada chorei de raiva aqui em casa e o Iuller disse que vamos atrás sim, por que as coisas estão assim por causa das pessoas que deixam as coisas passarem e que não vamos fazer isso!!
    É de pessoas como você que certas instituições precisam para que seja feito valer o direito de todos, com igualdade!!
    SAUDADES!! Beijos na Amanda!! Fiquem com Deus!!

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 02:32:23

      Bruna,
      bem vinda ao “mundo dos choros por raiva”…
      Mas posso te GARANTIR que também ao mundo maravilhoso que você jamais sonhou que pudesse existir…..
      Eu não sei se sou a campeã das noites de choro intermináveis, mas se não sou estou na briga acirrada pelo primeiro lugar rsssss…
      Que bom que você tem ao seu lado um companheiro que divide com você as angústias, batalhas e futuros sucessos!!! (sim, eles virão muito mais rápido do que vc sonha…), eu e Amy não temos essa sorte, mas temos Deus conosco e assim vamos caminhando e superando cada obstáculo…
      Qualquer coisa que precisarem você sabe que estou por aqui, me procure…
      bjos e seja bem vinda à “turma das mães problemáticas”… rsss
      bjoooo, saudade também…

      Responder

  34. MIRIAM
    jun 03, 2011 @ 13:46:06

    SHEILA BOA TARDE!
    SOU AMIGA DA LENA E PROFESSORA DO RODRIGO E QUANDO A LENA ME FALOU DE VC NAO PUDE RESISITIR EM NAO COMENTAR SOBRE OS FATOS QUE LHE OCORRERAM. VIVO “D I A R I A M E N T E” COM A TAL DA INCLUSÃO E QUANDO PARO PARA OBSERVAR O QUE ACONTECE AO MEU REDOR TENHO A CADA DIA A CONFIRMAÇÃO DE QUE INCLUSÃO SÓ EXISTE NO PAPEL E QUANDO A QUESTÃO ENVOLVE SETORES, PESSOAS E ENTIDADES FINANCEIRAMENTE FAVORECIDAS AI É QUE O NEGÓCIO COMPLICA AINDA MAIS.
    INCENTIVO MESMO QUE TODAS AS “MINHAS MÃES” BUSQUEM POR SEUS DIREITOS E PELOS DIREITOS DAS NOSSAS CRIANÇAS POIS ESSA HIPOCRISIA QUE ENVOLVE A INCLUSÃO ESTÁ ME DEIXANDO CADA VEZ MAIS COM NOJO DE TUDO O QUE A ENVOLVE E QUE EM 10 ANOS DE PROFISSÃO PROCURO A VERDADEIRA INCLUSÃO QUE NOSSAS CRIANÇAS MERECEM. COLOQUE-ME A DISPOSIÇÃO PARA LUTAR JUNTO COM VCS PELOS DIREITOS DAS NOSSAS CRIANÇAS. UM ABRAÇO

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 02:41:53

      Oi Miriam,
      Que delícia ler seu comentário… Como é bom quando encontro pessoas interessadas e que tem uma mente aberta para a igualdade e inclusão…
      Eu também tenho NOJO de tudo isso e destas “pessoas” (será que esses seres com ‘titica’ no lugar de cérebro podem ser comparados com pessoas? ).
      2:32 da manhã e meu cérebro não para de pensar a respeito…
      É, eu sou mesmo uma pessoa que AMA a madrugada e que ‘funciono’ melhor a noite, mas hoje queria ter ido dormir cedo e quem disse que esse turbilhão de comentários, emails em PVT, relatos, desabafos, ligações conseguem sair do meu pensamento???
      É asqueroso como as pessoas se comportam diante da aceitação do ‘diferente’ e como são taxativas com padrões de aceitabilidade social…….
      Junte-se a nós nessa luta, como eu digo: uma formiguinha+outra+outra+outra……. = um grande e organizado formigueiro…
      bjos

      Responder

  35. Wânia Cris
    jun 03, 2011 @ 15:43:40

    Essa é a Sheila que eu conheço! Que não se intimida nem baixa a cabeça para injustiças! Tenho muito orgulho de você, amiga!

    Wânia, Caio e Nick

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 02:43:37

      Minha querida,
      não há porque ter orgulho de mim…sou apenas uma pessoa fazendo o que é certo… sei que você faria o mesmo!!!
      Pessoas dignas, exigem tratamento digno!!!
      bjossss, saudade

      Responder

  36. Paulo Carrara
    jun 03, 2011 @ 16:32:42

    Amanda e Sheila,

    Vocês são lutadoras e mulheres que merecem a admiração de todos que batalham pela justiça social. Se puderem, de vez em quando me informem como anda o processo contra o colégio que eu, humildemente, rebatizaria de Rio Obscuro (o branco não encaixa).

    Ab, Prof. Paulo Carrara

    Responder

    • Sheila&Amanda
      jun 04, 2011 @ 02:48:46

      Olá Prof.
      o sr. está sempre me fazendo chorar (rsss) quando não é pela matéria é pelo comentário dando tanta força e mais vontade de lutar pelo que é direito 🙂
      Com certeza, estarei sempre informando…
      Quanto ao ‘novo nome’, me permite usá-lo nas conversas informais? AMEI!
      bjos e obrigada pela força 😉

      Responder

  37. Samira
    jun 04, 2011 @ 04:02:35

    Sheila,
    O que posso dizer sobre seu relato: FANTÁSTICO! As pessoas, os pais, de um modo geral tendem a acreditar no que educadores “experientes” recomendam. Mas chega uma hora que nós pais precisamos literalmente estudar para saber o que é melhor para nossos filhos. Tudo que é diferente em um primeiro momento choca, ninguém sabe tudo, obvio! Mas o aprendizado é um caminho longo e perpétuo que muitos esquecem. O ignorante é aquele que não quer aprender e não aquele humilde que diz não saber. No caso desse colégio a própriotária está apenas preocupada com seu colegio “tradicional” mas esquece que so isso não é suficiente para se manter e principalmente ser uma boa instituiçao de ensino.
    O sistema de ensino no Brasil é medieval e os professores também, não conseguem ensinar quanto menos passar valores aos seus alunos. Tenho dó de pais que se deixam levar por esses péssimos profissionais, imagina como será o futuro dessas crianças??
    Minha filha também foi descriminada em seu colégio. Sempre estava a frente de seus colegas de classe. Mencionei o fato a direção da escola e minha surpresa quando ouvi a seguinte resposta: “Ela é especial porque é muito amada, recebe muito carinho, é uma criança normal!” Não me dei por satisfeita e procurei outra escola sem mencionar nada e uma semana depois na nova escola a diretora me chamou e falou que minha filha tinha um apredizando acima da média e se eu permitiria aplicação de testes de inteligência. Testes feitos, descobrimos que ela tem uma superdotação!
    No outro colégio fui taxada de louca. Então minha pergunta: sou louca ou sou uma mãe, como você, que busca o melhor para nossos filhos?
    bjs,
    Samira

    Responder

  38. Luciene de Oliveira Gomes (Nina)
    jun 15, 2011 @ 15:20:35

    Oi Sheila, aqui é a Nina cunhada da Roberta, fico feliz por vc e por Amanda, através de sua voz não só sua filha como tantas outras crianças que não entendem como um adulto pode ser tão hipócrita e cruel, estão sendo representadas e sendo alcançados com sua atitude seus direitos como seres humanos que são. Que Deus te abençoe nesta luta e as outras mães e parentes de crianças que passam por estas situações tão vergonhosas…
    Que a PAZ de Deus seja convosco,
    bjs… Nina.

    Responder

  39. José Aparecido Fiori
    mar 16, 2012 @ 15:32:45

    Fico indignado… Total solidariedade à mãe, nosso repúdio a esses crápulas de promotor e adevogados… Essa é a ‘porra’ da justiça q temos… Pilantras. São servidores públicos e tratam mal assim as pessoas, especiais ou deficientes. Merece um processo. Mais q isso, um castigo às vísceras explícitas.

    Responder

    • Sheila&Amanda
      abr 05, 2012 @ 17:13:44

      Olá José,

      Os promotores que estão com o caso são FANTÁSTICOS (pelo menos por enquanto), já os adEvogados do Colégio Rio Branco (que de branco não tem nada…) é que me dão NOJO…Juntamente com a diretoria do “colégio”.

      Responder

  40. eliana
    mar 26, 2012 @ 21:21:06

    Oi Sheila, como vc meu filho foi vitima de preconceito em uma escola, isso por ser uma criança muito agitada, como é muito pequeno ainda não dá para identificá-lo como hiperativo, passou por várias cirurgias para correção de defeito cardíaco e tratamento de otite crônica, fomos literalmente convidados a sair, sua matrícula foi indeferida pelo colégio, alegando-se que não poderiam ficar com ele devido suas necessidades cognitivas e que não haviam estrutura para atendê-lo, encaminhei uma denúncia ao ministério público e hoje aguardo ansiosa por uma resposta. Espero em breve poder resolver essa situação que me enche de indignação e revolta.
    Um abraço.

    Responder

    • Sheila&Amanda
      abr 05, 2012 @ 17:17:41

      Eliana,
      Mais uma denúncia… Se todo brasileiro “perdesse” seu tempo para denunciar qualquer atitude dessas as coisas mudariam muito mais rápido.
      Você denunciou em qual MP? Se precisar de contato, pode me mandar email direto: sheilacarvalho@terra.com.br
      Através de denúncias como a minha, a sua e de outras mães é que vamos forçando a inclusão nesses lugares onde gente despreparada e com cabeça de lixo ainda tem empregos mas que em breve serão substituídas por cabeças abertas e prontas a incluir com seriedade, respeito e responsabilidade.
      Bjos

      Responder

    • Sheila&Amanda
      maio 04, 2012 @ 19:45:45

      Eliana, conseguiu algum retorno do MP ?

      Responder

  41. denise
    dez 20, 2012 @ 00:55:16

    oi sheila tb to passando por uma situaçao parecida com a sua minha filha tem 7 anos e tem microcefalia e hipermetropia ela aparentemente e uma criança normal e independente a unica dificudade dela e de aprendezagem,ai fui numa escola e falei com a diretora ela mandou eu ir outro e que talvez nao teria vaga ai fui no tal dia que ela mandou e entao ela disse abriu 2 vagas que eles deram preferencia pra quem era irmao de aluno e que nao tinha vaga quando foi no outro dia que eu liguei pra escola a atendente me disse que tinha vaga e que tinha aberto uma nova turma ai fui tentar matricular minha filha la quando chequei la a tal diretora me viu e entro para a secretaria quando chegou minha vez de fazer a matricula a senhora da secretaria me disse que tinha aberto mais tavam esperando mais que tinha que ter tantos alunos se nao vai mais ter a turma e ainda perguntou se eu tinha conversado com a minha filha pq ela tem 7 anos no meio de crinças 4 eu disse nao senhora ela nao bate ela tem um irmazinho de 4 anos que ela me ajuda a cuida com muito carinho pediu meu numero e sexta feira ela vai dar uma resposta se eles nao aceitarem ela como eu faço e aonde eu vou pra denuciar.

    Responder

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